The India Road
Está aqui : O Caminho da India

O caminho DA INDIA

Esta é a história de uma viagem tornada possível por homens que liam as estrelas, jogavam os jogos da política e da guerra melhor do que nos tempos de hoje, e que ousaram arriscar o futuro de toda uma nação pelo pote de ouro de Marco Pólo. É a história da subida à ribalta de um pequeno país com pouco mais de um milhão de almas. É a razão pela qual se bebe «chá» em chinês e português, e a palavra «chave» tem o mesmo significado em português e em kikuyu, uma das principais línguas tribais do Quénia; explica a notável semelhança entre a palavra indiana vindaloo e «vin d’alho», a célebre marinada madeirense, e o aparecimento de «tempero» em japonês sob a forma de tempura.

Qualquer empresa bem sucedida tem duas partes: o planeamento e a execução. Por cada mês que Vasco da Gama passou no mar, tiveram lugar doze meses de preparação. Quando o piloto real Pêro de Alenquer fez ouvir o seu apito no navio almirante, naquela quente manhã de Julho de 1497, conduzindo a esquadra para as vastas águas do Atlântico Norte, sabia que a grande aventura tivera início vinte e cinco anos antes, na mente do Príncipe Perfeito, então um jovem de dezassete anos de idade.

Já está disponível nas livrarias O Caminho da Índia de Peter Wibaux. Um livro verdadeiramente original, que nos narra a viagem épica da descoberta do caminho marítimo para a Índia como ainda não foi contada. Com base em anos de investigação, este livro conta-nos os feitos daqueles homens que arriscaram a vida em viagens tão ousadas quanto perigosas, e do rei cuja coragem, inteligência e visão abriu as portas de Portugal ao mundo.

PRÓlogo

Em nome de Deus, Amém. Na era de 1497 mandou el-rei D. Manuel, o primeiro deste nome em Portugal, a descobrir, quatro navios, os quais iam em busca de especiarias, dos quais navios ia por capitão-mor Vasco da Gama, e dos outros: dum deles Paulo da Gama, seu irmão, e do outro Nicolau Coelho.

Assim começa o diário da expedição, o único relato sobrevivente da viagem a Calecute. Partiram numa quente manhã de Julho, um sábado. Segundo a tradição, a noite anterior devia ser passada em oração, e assim aconteceu. Os capitães e os pilotos fizeram a vigília na pequena capela de Santa Maria de Belém, a dez minutos a pé do Cais Novo, onde estava ancorada a frota. Além dos santos de maior nomeada, capitaneados pelos irmãos Gama, havia um santo mais pequeno, a nau São Miguel, e o inevitável navio de apoio, para ser sacrificado pelo caminho quando necessário: tripulantes e vitualhas seriam distribuídos pela frota, para reporem a dotação inicial.

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